CMVFX fez primeiro balanço das AEC’s
Da responsabilidade da vereadora Conceição Santos, o documento apresenta números e considerações referentes ao «universo de 5.400 alunos matriculados no 1.º Ciclo nas Escolas EB1 da Rede Pública do Concelho», dos quais frequentam as AEC’s «um total de 4.123 alunos, a que corresponde a uma taxa de adesão de 76%» - não há dados específicos sobre o Agrupamento de Escolas de Alhandra, São João dos Montes e Sobralinho além da lista das entidades da respectiva área com as quais foram celebrados «protocolos específicos de colaboração» (à semelhança, aliás, dos outros agrupamentos). Transcrevemos a seguir excertos do referido documento.
«A Sociedade Euterpe Alhandrense procedeu à contratação de 135 docentes, discriminados da seguinte forma: ensino do Inglês – 38; ensino da Música – 42; Actividade Física e Desportiva – 55.»
«(Principais dificuldades) Espaços: necessidade de recorrer a espaços exteriores à própria escola, o que tem implicações na sua gestão, conforme as suas características, que por vezes não serão as mais adequadas, mas sim as possíveis; o recurso a espaços alternativos obriga à deslocação de um grande número de alunos. Alunos: em alguns casos, maior instabilidade e agressividade dos alunos, devido à elevada carga horária; alguns casos de cansaço demonstrado nos dias de actividades; alguns casos de indisciplina, que transita das AEC’s para as componentes curriculares. Pessoal docente: particularmente no início, alguma instabilidade do corpo docente, com várias substituições; necessidade de maior articulação entre os professores titulares de turma e os docentes das AEC; falta de formação pedagógica dos docentes para este fim específico, adaptada ao 1.º Ciclo, o que tem os seus reflexos no âmbito da relação pedagógica. Pessoal não docente: necessidade de um maior número de auxiliares para cumprir todas as tarefas. Funcionamento: controlo dos alunos pertencentes às AEC’s em relação aos adultos que os acompanham; o Inglês com 60m e restantes actividades com 45m traz problemas de gestão dos horários e de aproveitamento dos espaços; ocorrência de alguns atrasos e consequente dificuldade em cumprir os horários estabelecidos - esta situação resulta da dispersão de alguns espaços onde ocorrem as AEC’s, o que obriga a deslocar um elevado número de alunos.»
«(Aspectos positivos) Elevada taxa de adesão dos alunos às AEC’s; motivação dos alunos; importância das AEC’s para crianças de fracos recursos económicos, que não frequentavam nenhum ATL; bom relacionamento entre os parceiros; integração de alunos com NEE (necessidades especiais).»
Neste documento são ainda reveladas as verbas respeitantes, não a este ano lectivo (2006/2007), mas sim ao anterior (2005/2006), em que o Inglês era a única AEC. A despesa total foi então de «177.543,60€, distribuída da seguinte forma: docentes - 134.634,42€; aluguer de espaços - 1.000,00€; aquisição de equipamento e mobiliário - 12.563,62€; transportes (aluguer de viaturas e acompanhantes) - 25.551,00€; refeições - 3.794,56€. O valor total da comparticipação do Ministério da Educação foi de 235.040,00€.»
Este primeiro relatório deverá ser apresentado e discutido durante a próxima reunião do Conselho Municipal de Educação, que irá realizar-se no dia 6 de Fevereiro.
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